30 de maio de 2017

Denúncia no Tribuna do Ceará sobre propina no Governo Cid Gomes ganha repercussão nacional

Levantamento mostra que em 2014, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos tributários e doaram para campanhas no CE
denúncia sobre Ceará ganhou repercussão nacional. A prática, revelada na delação do empresário Wesley Batista, é tratada e denúncia sobre Ceará ganhou repercussão nacional. A prática, revelada na delação do empresário Wesley Batista, é tratada em manchete do jornal O Globo nesta segunda-feira (29) como uma prática desconhecida de alguns governos estaduais em troca de propina para campanhas política.
Segundo a reportagem, as delações premiadas da Operação Lava Jato mostraram que o esquema era operado em pelo menos cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.
m manchete do jornal O Globo nesta segunda-feira (29) como uma prática desconhecida de alguns governos estaduais em troca de propina para campanhas política.
Segundo a reportagem, as delações premiadas da Operação Lava Jato mostraram que o esquema era operado em pelo menos cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ceará.
De acordo com o levantamento do O Globo, o esquema funcionava da seguinte forma: o governo estadual não repassa às empresas os devidos créditos fiscais e deixa o dinheiro dos créditos acumularem. Quando chega o período eleitoral, o governo negocia o pagamento dos créditos atrasados em troca de uma “contribuição” para a campanha política, ou seja, a máquina pública repassa o valor em débito e o político lucra, por fora, com a propina para as eleições.
O conteúdo das delações de Wesley Batista que citam o ex-governador Cid Gomes mostra que o pagamento dos créditos tributários só era liberado caso houvesse o repasse extra dos empresários. Em vídeo de depoimento, Wesley Batista relata episódios ocorridos no Ceará em 2010 e 2014. Segundo ele, foram pagos R$ 24,5 milhões a Cid Gomes e a pessoas apontadas por ele.
A JBS é dona da empresa Cascavel Couros. Em 2010, conforme Wesley, a empresa pagou propina de R$ 4,5 milhões a Cid para receber os créditos. Porém, nos anos seguintes, os pagamentos foram suspensos e acumularam novamente, até que, em 2014, Cid teria enviado o então secretário da Casa Civil Arialdo Pinho e o ex-deputado federal, Antônio Balhmann para negociar o esquema de propina. Na ocasião, o pagamento de R$ 110 milhões em créditos fiscais só foram pagos mediante o repasse de R$ 20 milhões para campanha eleitoral naquele ano – contou Wesley em depoimento prestado em 4 de maio de 2017.
Outras empresas no Ceará
Um levantamento da TV Jangadeiro apurou que em 2014, durante o governo de Cid Gomes, além da Cascavel Couros, do grupo JBS, outras três empresas receberam créditos do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) e, pouco depois, também doaram valores altos para a campanha eleitoral do sucessor de Cid Gomes.
Na reportagem do O Globo, são mostrados casos semelhantes. Na delação dos executivos da empreiteira Odebrecht, foram relatados esquemas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Já na delação da JBS, os mesmo ocorreu em Minas Gerais, durante governo de Aécio Neves, e no Ceará. Também foi relatado um esquema parecido na esfera federal, mais precisamente na unidade da Receita em São Paulo. Somados, os casos envolvem pagamento de R$ 198,65 milhões em propina para a liberação de R$ 3,177 bilhões em créditos fiscais.
Fonte: Tribuna do Ce

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